Fraternas, dando continuidade as “Entrevistas com os Homens”, cujos temas são relacionados a vida masculina na voz masculina e, por efeito direto, relacionados a vida feminina também, segue a entrevista concedida pelo administrador do site MDI - Masculinismo e Direitos Iguais, paulista, com 39 anos, e que nesta entrevista gentilmente compartilha conosco suas ideias, informações e sentimentos relacionados a qualidade de vida masculina e seus direitos como cidadãos, o que acredito ser um tema de grande importância à todas as mulheres que primam pelo bem estar de seus filhos, netos, irmãos, esposos, amigos e parentes homens tanto no plano individual como coletivo em nossa sociedade.
SZ: Qual é a sua avaliação dos crimes de estupro e aborto e as penalidades legais a homens e mulheres?
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MDI: Até
2009 no Brasil a lei sequer previa o estupro de homens, era quase
permitido pela pouca repressão da lei, mas isso melhorou. Agora o Código
Penal foi alterado e mulher que dopa (com bebida, etc.), ameaça ou usa
da força para ter sexo (de qualquer modo) com um homem responde pelo
crime de estupro com a mesma pena de cadeia que o homem em relação a
ela.
Já
o aborto continua mal resolvido, ele tinha que ser tratado como
homicídio, pois o DNA da criança não é o mesmo da mãe, nem do pai, é de
terceira pessoa. Além disso, um aborto com consentimento unilateral da
mãe pode importar grave e irreversível trauma psicológico para o pai,
para os avós paternos e maternos, como qualquer morte de um descendente
causa. É isso que chamam de saúde pública?
SZ: Poderia nos detalhar mais sua opinião sobre o aborto?
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MDI: O
aborto deveria ser denominado homicídio, com a característica cruel de
ser praticado contra crianças que ainda não nasceram. Não ter nascido ( =
vindo ao mundo externo ) não quer dizer não existir, pois a criança já
existe no mundo (interno). Trata-se de uma criança que está
absolutamente viva, mas dentro da mãe. Note que é uma pessoa com DNA
próprio, com cérebro, coração e dor, tudo próprio. E essa criança quando
é assassinada pela técnica do aborto sente a dor provocada pela máquina
que a tritura viva, tenta se encolher como que um ato de defesa, mas
como não tem para onde fugir, morre abortada. Um país que legaliza isso
claro que é um país genocida contra o mais frágil dos humanos. Preciso
dizer que sou contra genocídio?
SZ: O que pensa sobre a realidade masculina ante a questão do aborto?
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MDI: O
homem também pode e em vários casos será afetado, com chantagens
canalhas, do tipo “ou volta pra mim ou mato seu filho” ou “larga da sua
mulher ou seu filho morre”. É um grave atentado à dignidade humana, à
saúde mental e emocional, uma ofensa psicológica ao pai e também aos
outros parentes dessa criança, especialmente os avós. Aliás, nunca vi
alguma feminista se preocupar com a saúde do pai ou dos avós. Se o
feminismo é um movimento ”neutro”, isto é, que olha o bem estar de
todos, deve olhar os sofrimentos do homem também, especialmente quando
esse homem é contrário ao assassinato do filho pelo aborto. Contudo não
vejo isso, não ocorre, nem sequer existe uma preocupação do feminismo
com relação à criança que é abortada, nunca vi defenderem essa criança,
isso é o mais grave de tudo, por inverter os valores, dar mais atenção a
uma mulher adulta, maior e capaz, que sabia exatamente o que fazia ao
engravidar que a uma criança indefesa.
SZ: Acredita que pílula anticoncepcional masculina poderia ser um método contraceptivo válido?
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MDI: Claro
que sim, válido e ótimo para o país controlar a natalidade e
crescimento populacional, para a saúde pública, para os homens e até
para as mulheres. Poderia ser também uma segunda barreira a evitar a
gravidez indesejada ou um método alternativo, variando de acordo com o
gosto e necessidade do casal. Agora, a pílula só não é utilizada no
Brasil porque o governo ainda não providenciou que a mesma esteja
disponível, se estivesse com certeza muitos e muitos homens a
utilizariam, eu mesmo. O governo, para incentivar a fabricação aqui bem
que poderia permitir a importação da China, como forma experimental de
notar o interesse dos homens e uma vez verificada a boa aceitação e
resultados satisfatórios, partir para a produção em escala em solo
nacional, até porque com custo tão baixo qualquer um poderia adquiri-la.
Mesmo sabendo que há um pequeno laboratório que quer produzi-la no
país, ainda assim o governo reluta e não autoriza sua liberação, ao que
tudo indica sem qualquer justa razão. A mera omissão do governo em se
posicionar a respeito já é algo que vai contra o interesse da sociedade
como um todo, tanto de homens quanto de mulheres. Mais grave ainda o
fato do governo não fazer nada a favor do interesse geral, sempre
vendido a favor dos interesses mesquinhos dos poucos que o rodeiam ou
pressionam.
Que todos façam sua parte e tornem o (seu) mundo melhor.
Até a próxima!
Administrador do MDI.
E- mail: ola.mdi@hotmail.com
======================================Símia Zen.
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