Texto que fala da ideia mais conservadora que eu tinha em torno do
aborto, este "tinha", é somente quanto a legalidade, não quisesse que
fosse legal, apenas admito hoje que o aborto tem possiblidades de ser
legal, e procuro levantar a questão da opinião masculina.
O feminismo tem no aborto um de seus principais pontos de discussão. É
claro que o aborto, neste caso é muito mais uma questão de
auto-afirmação do que necessariamente uma questão prática, ou seja,
muitas defendem a legalização do aborto não tanto porque podem vir a
precisar um dia, mas sim pela ideia de que a mulher tem o direito de
fazer o que quiser com o seu corpo. Essa visão é bastante egocêntrica,
pois não se deve considerar o feto como uma extensão do corpo da mãe, um
parasita, o feto é um ser humano em formação, outro individuo e é
preciso respeitar o direito à vida. Neste caso as mulheres se valem da
condição biológica exclusiva que é a capacidade de engravidar para impor
suas vontades e decidir sobre o direito de vida ou morte de um ser
humano, isto funciona como uma forma de poder egocêntrico e chantagista
por parte do movimento feminista. Diz-se aquela frase “sou contra o
aborto, mas a favor da sua legalização”, existe coisa mais hipócrita?
Não dá para dizer uma coisa querendo atenuar a outra, deve-se tomar
partido. Não seria mais honesto dizer “sim, sou a favor do aborto” ou
somente “sim, sou a favor da legalização do aborto”? Pois a pessoa que
realmente é contra o aborto não se mostra favorável a sua legalização.
Na nossa legislação há vários meios de aborto legal, no caso de
violência sexual e gravidez de risco para a mãe, ainda poderá ser legal o
caso de aborto de bebês anecéfalos, dependo da decisão do Supremo
Tribunal Federal (STF). Podem dizer que é hipocrisia se mostrar contra o
aborto e, no entanto, ser favorável ao aborto no caso de a mulher
sofrer violência sexual, como se neste caso a vida em formação fosse
descartável. Na verdade, no caso de aborto legal, eu considero que a
prática do aborto deveria ser somente em último caso, assim a mulher que
é vítima de estupro deveria receber acompanhamento psicológico a fim de
se evitar o aborto e o direito mais legítimo, neste caso, seria o de a
mãe não criar a criança se não a quisesse, já que não a planejou ou nem
sequer engravidou por ato de sua responsabilidade. A criança poderia ser
entregue para adoção. Para que interromper uma vida se há tantos que a
querem ter para criá-la? E o que considero hipocrisia mesmo é a pessoa,
ainda que reconhecendo o valor da vida humana, se mostrar a favor da
legalização do aborto apenas pelo fato de a mãe não querer ter o filho,
como se neste caos a criança não tivesse o direito à vida. Podem ainda
argumentar que com a prática do aborto sendo proibido quem sofre mais as
conseqüências são as mulheres de baixa renda que procuram lugares
precários para realizar o aborto, correndo o risco de vida. Ora, as
mulheres que afirmam isso parecem ter o espírito bastante altruísta...
Elas sabem que se engravidassem iriam procurar uma clínica bem equipada e
confiável para realizar o aborto, mas elas se preocupam é com as moças
pobres que não poderão fazer o mesmo. Se o problema é somente este,
então deveriam se preocupar mesmo é com a igualdade social... No entanto
falo sério mesmo, se nossa mão esta ferida, antes tentar remedia-la do
que cortá-la fora, mas parece que mulheres feministas querem o caminho
mais fácil, o do engravida-aborta, simples assim, quando que a educação a
informação são veículos que podem ser muitos mais eficazes para se
evitar a gravidez e se mesmo com isso as mulheres engravidam é fruto do
seu ato impensado, consequência que ainda não estamos num estágio
avançado da educação sexual e do planejamento familiar, a proibição do
aborto deve ser como exemplo para que outras pessoas possam agir com
responsabilidade e pensar na consequência de poder ter um filho. O fato é
que se deve prezar pela vida humana.DIGA NÃO AO ABORTO.
Maurício Trindade
29/11/2008
Maurício Trindade
29/11/2008
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