Ser contra o aborto e contra a eutanásia é o resultado e o corolário de puro exercício de racionalidade. Ou seja, não é uma questão de dogma, ou apenas de religião, ou de uma qualquer crença: é sobretudo uma questão de se seguir a razão e a lógica.
A vida de uma pessoa – ou de um “indivíduo”, como preferem dizer os liberais – não lhe pertence, por duas ordens de razão:
1/ uma pessoa não deu — ou não concedeu — a sua vida a si própria;
2/ uma pessoa não pode decidir — por sua alta recreação e capricho — que não irá morrer.
Decorre destes dois pontos supracitados que uma pessoa não faz, de facto, da sua vida tudo o que quiser e, por isso, a sua vida enquanto tal não lhe pertence. E se uma pessoa não tem o direito de decidir sobre a vida ou morte do seu semelhante, então terá necessariamente que ser contra o aborto e contra a eutanásia.
Acresce-se que uma pessoa não é só um ser dotado de consciência e de auto-consciência e/ou existente fora do útero materno.
A pessoa é todo e qualquer ser vivo que possua um genoma humano.
A pessoa é todo e qualquer ser vivo que possua um genoma humano.
Em suma, não é necessário ser religioso para se ser contra o aborto e contra a eutanásia: apenas é necessário ter miolos e pensar um pouco.
Gostei muito do texto, faz pensar por outros ângulos!
ResponderExcluir